Livro conta a história do mestre argentino de Victor Meirelles

Victor Meirelles um dia foi discípulo. Você pode nunca ter ouvido ou lido a respeito de Mariano Moreno, mas ele foi um dos responsáveis por fazer do artista catarinense um dos maiores pintores do chamado segundo Império no Brasil.

O pesquisador e professor de História da Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS), Fábio Francisco Feltrin de Souza, acaba de trazer à tona a história deste artista com o livro “Mariano Moreno e seus exílios”, que integra a coleção “Biografemas” e publicado pela editora catarinense Humana.

Pintura que retrata o artista, pintor, professor e advogado argentino Mariano Moreno, considerado o primeiro mestre do pintor Victor Meirelles – Foto: reprodução

O lançamento será nesta quarta-feira (21), às 18h30min no Museu Victor Meirelles em Florianópolis. O evento é gratuito e faz parte das celebrações dos 192 anos do nascimento do artista desterrense e autor da icônica tela “A Primeira Missa do Brasil”.

Mariano Moreno era argentino e foi professor de Meirelles em sua infância e o iniciou no mundo das artes, contribuindo de forma crucial nos acontecimentos que levariam o jovem a receber uma bolsa de estudos na Academia Imperial de Belas Artes (AIBA), no Rio de Janeiro.

O livro de Feltrin de Souza apresenta um estudo aprofundado sobre a vida do argentino radicado em Nossa Senhora do Desterro (atual Florianópolis) que foi professor, artista, desenhista, engenheiro, agrimensor.

Um “desterrado” na Desterro do jovem Victor Meirelles

Devido às suas posições políticas e aos círculos de amizades, Moreno teve de fugir da ditadura de Juan Manuel de Rosas. Depois de ser preso nos arredores de Buenos Aires, em 1838, exilou-se em Montevidéu e em Desterro (e a curiosa coincidência entre o nome da cidade que o acolheu e a sua condição de “desterrado”), onde trabalhou em obras públicas e foi professor de desenho.

Mesmo desempenhando suas atividades profissionais, passou por inúmeras dificuldades financeiras, além de estar com a saúde debilitada. Com a queda de Rosas em 1852, retornou à Argentina com toda sua família.

Se você quer saber mais, aproveite para prestigiar a sessão de autógrafos e a palestra do autor, com mediação do coordenador da editora Humana, Fernando Boppré, no Museu Victor Meirelles, que está localizado na rua que leva o nome do artista desterrense, 59, no Centro Histórico de Floripa – com entrada pela porta lateral na Rua Saldanha Marinho.

Capa do livro “Mariano Moreno e seus exílios”, de Francisco Feltrin. – Foto: Divulgação

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