Fevereiro Roxo: Médico veterinário explica a data e dá dicas de cuidados com os pets idosos

O Fevereiro Roxo foi criado especialmente para falar sobre problemas de saúde como o Alzheimer e leucemia, doenças que são comuns em seres humanos. Mas a data também chama a atenção para a saúde dos pets idosos, em especial para as doenças neurodegenerativas, como a disfunção cognitiva canina.  
 

A campanha tem como objetivo principal sensibilizar os tutores sobre as necessidades específicas dos pets idosos, promovendo uma melhor qualidade de vida e longevidade. Assim como os humanos, os animais de estimação também enfrentam desafios à medida que envelhecem, e é fundamental que os tutores estejam preparados para oferecer o suporte necessário. 
 

Segundo o coordenador do curso de Medicina Veterinária da Faculdade Anhanguera de São José, professor Dr. Renato Silvano Pulz, a Síndrome da Disfunção Cognitiva, mais conhecida como “Alzheimer” em pets, afeta principalmente a população de cães e gatos mais idosa, e em alguns casos, é possível notar seus sinais já a partir dos seis anos de idade em alguns animais. Com alguma variação entre raças e espécie, se considera como pacientes idosos a partir dos oito anos de idade. Logo, já merecem uma atenção diferenciada. 
 

“O problema principal é que a síndrome atinge o sistema nervoso central, em especial, algumas áreas do cérebro dos animais idosos, causando uma série de alterações comportamentais, como dificuldade no aprendizado, na interação com o meio ambiente e a resposta a estímulos. Estudos também mostram que o distúrbio pode, inclusive, afetar a memória dos cães”, explica.  
 

Para o médico veterinário, a DCC (disfunção cognitiva canina), se assemelha ao Alzheimer em humanos. Vale salientar que o processo de envelhecimento em cães segue padrões diversos, variando de acordo com o porte e a espécie do animal. Quanto maior o pet, mais rápido é o seu processo de envelhecimento”.
 

Acerca desse contexto, Renato ressalta que os tutores devem observar alguns pontos no comportamento do cão e, caso haja alteração no sono, xixi e cocô em locais fora do comum, mudança de comportamento, esquecimento de comandos aprendidos e principalmente a diminuição da orientação, fazendo com que o cão fique perdido pela casa, é recomendado uma consulta com o especialista. Atualmente,  há veterinários especialistas em geriatria veterinária. 
 

“É uma doença que não tem cura, porém existem tratamentos para retardar a síndrome. O tratamento envolve ajustes na alimentação, incorporação de vitaminas específicas e antioxidantes, além do uso de medicamentos para disfunção cognitiva canina, que promove melhorias na qualidade de vida do animal”, alerta.  
 

 Confira as dicas de cuidados com pets idosos.
 

Alimentação Adequada: A dieta dos pets idosos deve ser ajustada para atender às suas novas necessidades nutricionais. Alimentos específicos para a terceira idade ajudam a manter a saúde das articulações, controlar o peso e fornecer os nutrientes essenciais; 

 

Exames Regulares: Consultas veterinárias regulares são cruciais para monitorar a saúde dos pets idosos. Exames de sangue, check-ups dentários e avaliações físicas ajudam a detectar precocemente qualquer problema de saúde; 

 

Exercícios Moderados: Manter uma rotina de exercícios moderados é importante para a saúde física e mental dos pets idosos. Caminhadas leves e brincadeiras adequadas à idade ajudam a manter a mobilidade e a evitar o ganho de peso. Antes de submetê-lo a exercícios importante certificar-se que não tem doenças articulares crônicas, comum em idosos; 

 

Conforto e Acessibilidade: Proporcionar um ambiente confortável e acessível é essencial. Camas ortopédicas, rampas e superfícies antiderrapantes ajudam a prevenir lesões e proporcionam um espaço seguro para os pets idosos; 

 

Conforto térmico: Os idosos são mais sensíveis ao estresse térmico, tanto para o frio quanto para o calor;

 

Hidratação: A hidratação é fundamental para a saúde dos pets idosos, pois desidratam com mais facilidade. Certifique-se de que eles tenham acesso fácil a água fresca e limpa em todos os momentos;  

 

Atenção aos Sinais de Dor: Os pets idosos podem sofrer de condições dolorosas, como artrite. Fique atento a sinais de desconforto, como dificuldade para se levantar, relutância em se mover ou mudanças de comportamento, e consulte um veterinário para o manejo adequado da dor; 

 

Estimulação Mental 

A estimulação mental com enriquecimento ambiental é tão importante quanto a física. Brinquedos interativos, jogos de olfato e atividades que desafiem a mente ajudam a manter os pets idosos mentalmente ativos e felizes. 

 

Adicionar aos favoritos o Link permanente.