‘Batalha de lacre’: professora de SC viraliza mostrando brincadeira inusitada de alunos

“Como assim batalha de lacre?”, se espantou a professora de artes de Florianópolis, Isadora Henslin, de 24 anos.

A jovem flagrou seus alunos em uma brincadeira inusitada em sala de aula, mas não esperava que o vídeo ganharia tanta repercussão nas redes sociais.

Professora filma "batalha de lacre" entre alunos

A professora teve que segurar o riso ao ouvir as ofensas da “batalha de lacre” – Foto: Reprodução/Instagram

A “batalha de lacre” das crianças consiste em trocar afrontas, que a nova geração agora chama de lacres.

“Pesquisei no Google qual é a pessoa que tinha o maior chifre do mundo e apareceu você!”, brinca uma das alunas.

Apesar da situação engraçada, a professora tenta manter a autoridade durante as aulas.

“Elas sempre vêm com uma coisa nova toda semana e essa daí me pegou desprevenida”, lembra.

“Eu não posso simplesmente rir, eu não posso aceitar tudo que elas falam. Às vezes elas vão falar algumas coisas que para mim, pessoalmente, é engraçado, mas preciso assumir o meu local de autoridade e mediar aquela situação”, explica.

As alunas da "batalha de lacre" têm 7 e 8 anos

A “batalha de lacre” é uma brincadeira dos alunos de 7 e 8 anos em um ateliê de Florianópolis – Foto: Isadora Henslin

Isa Henslin é estudante de artes visuais da Udesc (Universidade do Estado de Santa Catarina) e dá aula no Atelier Toscan, em Florianópolis. Os alunos da “batalha de lacre” têm entre 7 e 8 anos.

“Quero criar um momento em que elas possam ter a prática artística delas e também conversar. Por isso é tão descontraído, mas aí tento manter as turmas pequenas, senão essa descontração fica um pouco demais”, ela ri.

Isadora entrou no ateliê como aluna e se tornou professora de desenho, pintura e cerâmica há cinco anos.

“Foi ali que despertou o meu interesse pela arte”, conta.

Assista ao vídeo da “batalha de lacre”

Uma página de humor na plataforma X, antigo Twitter, republicou o vídeo da “batalha de lacre” e alcançou 1,6 milhão de visualizações. Veja a brincadeira:

Desafios da docência

Isa Henslin também fez estágio obrigatório em diversas escolas públicas de Florianópolis e descobriu a paixão pela docência.

Desde pequena, soube que queria ser professora como o resto da família, mas tinha resistido à ideia até então.

“A minha maior batalha era eu mesma entender que isso era uma coisa que eu queria”, confessa a estudante.

Desenho de criança durante a aula de arte

Apesar de suas outras ocupações, a professora garante que sua prioridade é a docência – Foto: Isadora Henslin

“A docência já é algo que as pessoas olham para ti e falam ‘nossa, vai morrer de fome’ e nas artes visuais também, daí juntei essas duas coisas. Demorei um tempo para entender que quero de fato seguir sendo professora como minha carreira, eu não vou abrir mão disso”, determina.

Dar aulas para crianças, no entanto, não é tarefa fácil. Isadora conta que um dia deixou uma pergunta no quadro para os alunos responderem e quando voltou do recreio, encontrou uma surpresa cômica.

Antes da “batalha de lacre”, a professora já tinha viralizado ao publicar fotos do quadro na rede social X, chegando a 4,9 milhões de visualizações.

“Eu já tive uma turma muito desafiadora no passado, por exemplo, voltei para casa chorando um dia. Mas acho que o desafio me faz crescer”, analisa.

De professora a dona de bar

Além de estudante e professora, Isadora é dona de uma marca de roupas e de um bar. Ela comprou o estabelecimento no início de maio e planeja abrir o bar Cereja no fim deste mês, na Rua Tiradentes, Centro Leste de Florianópolis.

O Cereja Studio & Bar vai promover oficinas de “paint and drink” – Foto: Reprodução/Freepik

“Oi gente, eu sou a Isa e eu comprei um bar”, anunciou no Instagram. Ela mostra aos seguidores as etapas da reforma e os imprevistos que encontrou no processo. Os vídeos já atingiram milhões de visualizações.

Isadora planeja unir o novo bar à sua paixão pelas artes. O Cereja promoverá a experiência “paint and drink”, ou seja, oficinas de pintura com oferta de bebidas à noite.

O estabelecimento também abrirá durante o dia, sem bebidas alcoólicas, para oficinas artísticas destinadas aos pequenos.

“Quero poder receber crianças também, então a área do bar não estará funcionando durante o dia. Quero poder fazer eventos para mães com filhas”, antecipa.

Reforma do bar Cereja, que vai abrir no Centro Leste de Florianópolis

Isa compartilha a reforma do novo bar com os seguidores nas redes sociais – Foto: Isadora Henslin

Isadora revela que o lugar poderá receber eventos e funcionar como loja colaborativa de roupas e peças de arte:

“A gente quer fazer uma revenda de materiais artísticos também, receber prints, adesivos e quadros de artistas que estão procurando um lugar físico para vender”.

O Cereja promete movimentar as noites do Centro Leste e a cena cultural de Florianópolis.

“Eu vou conseguir conciliar o bar com as minhas aulas e com o meu exercício de docência, acho que será bem legal”, afirma a professora.

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