Presidente de tradicional time de Florianópolis é um dos alvos da Operação Presságio

A Polícia Civil de Santa Catarina cumpriu 26 mandados de busca e apreensão nesta sexta-feira (28) durante a terceira fase da Operação Presságio. Desta vez, 19 nomes foram alvos da investigação, entre eles, Anderson Martins da Silveira, que já ocupou cargo comissionado na secretaria de Turismo, Cultura e Esporte de Florianópolis e atualmente é presidente do Esporte Clube Fernando Raulino.

Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na Câmara de Vereadores de Florianópolis na terceira fase da Operação Presságio

Polícia Civil cumpriu mandado de busca e apreensão na Câmara de Vereadores de Florianópolis na terceira fase da Operação Presságio – Foto: Paulo Mueller/ Reprodução/ ND

Investigação da Operação Presságio

Anderson Martins da Silveira, conhecido como”Andy”,  é investigado pelo envolvimento com o suposto esquema de desvio de recursos públicos dentro da secretaria até então chefiada por Ed Pereira.

Segundo o processo, Anderson passou a ser investigado pela Polícia Civil devido a transferências de valores para a conta bancária de Samantha Santos Brose, esposa de Ed, enquanto ocupava o cargo de Secretário da Comissão de Promoção da Secretaria de Turismo, Cultura e Esporte da Capital.

Outra possível conexão com o esquema, conforme a investigação, foi o fato de que um dos endereços do Instituto Bem Possível é a sede do Clube Fernando Raulino, do qual Anderson seria o presidente.

Ainda, mensagens encontradas no celular de Renê Justino, um dos principais envolvidos na Operação Presságio, apontam para a participação de Anderson na elaboração de projetos para a alocação de recursos financeiros.

A polícia suspeita que o objetivo seria desviar verba pública para pagar “cabos eleitorais” para campanhas políticas.

Em julho do ano passado, ele foi nomeado Gerente de Captação de Recursos da Secretaria Municipal de Governo. Mas, após a deflagração da Operação Presságio, ele foi exonerado.

O que diz a defesa de Anderson Martins da Silveira

A defesa de Anderson, representada pelo advogado Alessandro Marcelo de Sousa, argumenta que as menções ao nome de Anderson nos relatórios da Operação Presságio não o vinculam diretamente ao suposto esquema de desvio de recursos públicos.

Sousa aponta que, embora o documento mencione a elaboração de projetos para uma suposta alocação de recursos financeiros, não há menção específica de projetos concretos redigidos por Anderson.

A defesa também contesta as acusações relacionadas às transferências financeiras para a conta da esposa de Ed Pereira, Samantha Santos Brose. “Foram três transferências pontuais e ele tem a justificativa e a comprovação de todas”, afirmou a Sousa.

Quanto à ligação com o Instituto Bem Possível, a defesa esclarece que Anderson não realizou nenhum trabalho para o instituto, mas reconhece que o endereço do Clube Fernando Raulino, do qual Anderson é presidente, foi registrado como endereço do instituto em determinado momento.

Sousa reforça que todas as acusações contra Anderson possuem “explicações plausíveis”, e defende que tais situações não comprometem a inocência de seu cliente na operação em questão.

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